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Japão apóia levar Irã ao Conselho de Segurança da ONU

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo japonês indicou nesta sexta-feira que pretende levar o Irã ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, caso o país não acione o freio em seu programa de expansão de tecnologia nuclear. A disposição dos japoneses chega depois de os ministros de Assuntos Exteriores da França, Grã-Bretanha (membros permanentes) e Alemanha acertarem levar o conflito à ONU. Tal medida pode submeter sanções ao Irã. De acordo com Shinzo Abe, ministro porta-voz japonês, Tóquio não vê "outra opção senão informar ao Conselho de Segurança da ONU, a não ser que o Irã mude sua atitude atual". Embora o Japão não seja membro permanente do conselho, é o segundo maior contribuinte das Nações Unidas e dá respaldo aos Estados Unidos neste conflito, contra as reservas de China e Rússia. O sinal ao regime iraniano é claro: é hora de dar marcha à ré "imediatamente" em sua decisão de restabelecer suas atividades com urânio enriquecido e voltar a cumprir as demandas da Agência Internacional de energia Atômica (AIEA). No entanto, o ministro japonês ressalta que sanções econômicas ainda não foram cogitadas. O ministro de Exteriores japonês, Taro Aso, se pronunciou em termos similares em outras declarações à imprensa, e também pediu maiores pressões diplomáticas sobre Teerã. Na terça-feira passada, o Irã anunciou que retirara os lacres impostos pela AIEA em suas instalações atômicas na central de Natanz, encarregadas de enriquecer urânio em centrífugas de gás para produzir combustível nuclear. Este processo é o mais sensível do chamado "ciclo de combustível nuclear", já que tem tanto aplicações civis como militares, dependendo do grau de pureza do urânio enriquecido. No Ocidente se suspeita que por trás deste comportamento está o desejo do Irã de fabricar armas nucleares.

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