Japão descarta negociação direta com a Coréia do Norte

Para o país, conversas bilaterais não serão possíveis com o esquema escolhido pela China para a próxima rodada da negociação de seis lados, prevista para fevereiro

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Japão considerou nesta terça-feira pouco provável a hipótese de manter conversas bilaterais diretas com a Coréia do Norte na próxima rodada da negociação de seis lados sobre o programa nuclear norte-coreano, que deve acontecer no início de fevereiro, em Pequim. O ministro de Relações Exteriores japonês, Taro Aso, disse nesta terça-feira em entrevista coletiva que o esquema escolhido pelas autoridades chinesas para as negociações torna "muito difícil" o diálogo. A China sugeriu cinco grupos de trabalho nas negociações, que devem ser retomadas dia 8 de fevereiro, com participação de representantes das duas Coréias, Japão, Rússia, Estados Unidos e China. Segundo Aso, a China não anunciou ainda a data para a volta das negociações "porque está na última fase das consultas com a Coréia do Norte". No fim de semana, ele já havia antecipado que a data prevista é em princípio 8 de fevereiro, segundo uma proposta norte-coreana. A condição da Coréia do Norte era que os EUA suspendessem o congelamento de fundos norte-coreanos no Banco Delta Asia (BDA), de Macau, por suposta lavagem de dinheiro. Pelo acordo de 2005, Pyongyang desmantelaria seu programa nuclear em troca de ajudas econômicas dos outros participantes do diálogo e garantias de segurança por parte de Washington. Mas a decisão não saiu do papel. A última rodada do diálogo nuclear, em dezembro, em Pequim, terminou sem resultados.

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