Japão e Coréia do Norte iniciam 3ºdia de negociações

As conversas de ontem sobre os seqüestros não tiveram muitos progressos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

As delegações do Japão e Coréia do Norte iniciaram hoje o terceiro dia de suas conversas, centrada na normalização das relações bilaterais, depois que o encontro de ontem sobre os seqüestros não trouxe muitos progressos. A questão dos japoneses seqüestrados por Pyongyang há mais de 30 anos, considerada fundamental para desentupir os bloqueios diplomáticos entre os dois países, continuará sendo discutida já que ontem não houve acordo, informaram fontes da delegação japonesa. A reunião de hoje, que transcorre em um hotel da capital chinesa, é encabeçado por Koichi Haraguchi, embaixador japonês para as relações com a Coréia do Norte e chefe da delegação, e por seu homólogo norte-coreano, Song Il Ho. Song explicou que o encontro cobrirá aspectos como a cooperação econômica, o status dos coreanos no Japão e o retorno de relíquias culturais, informou hoje a agência Xinhua. Desde sábado, as comitivas protagonizam a décima terceira rodada de conversas entre os dois países, iniciadas em 1991 com o objetivo de reconduzir os laços bilaterais e estagnadas desde a última sessão realizada na Malásia, em 2002. As conversas estão estruturadas em três questões fundamentais, das quais se encarregam três comitês. Kunio Umeda, subdiretor do Escritório de Ásia e Oceania do Ministério de Assuntos Exteriores do Japão, e Kim Cholo Ho, chefe da seção japonesa da Chancelaria norte-coreana, encarregam-se dos seqüestros, um tema por enquanto irresoluto. Tadamichi Yamamoto, embaixador japonês para a crise nuclear norte-coreana, e Jong Thae Yang, subchefe do departamento do Ministério de Assuntos Exteriores da Coréia do Norte para assuntos com os EUA, discutirão nesta terça-feira sobre os programas de mísseis e nuclear norte-coreanos. As delegações não decidiram se o encontro continuará depois que os três grupos encerrarem suas reuniões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.