Japão e Reino Unido concordam em reforçar ritmo de sanções contra a Coreia do Norte
Em Tóquio, premiê britânica, Theresa May, defende que a comunidade internacional 'aumente a pressão sobre Pyongyang'; avaliação de Seul diz que míssil testado nesta semana por norte-coreanos teria o dobro do alcance e poderia atingir a ilha de Guam
Por Redação
Atualização:
TÓQUIO - Japão e Reino Unido querem "reforçar o ritmo das sanções" contra a Coreia do Norte, após o disparo de um míssil que sobrevoou o Japão na terça-feira, anunciou a primeira-ministra britânica, Theresa May, que visita a capital nipônica.
"Em resposta a esta ação ilegal, o primeiro-ministro (Shinzo) Abe e eu concordamos em trabalhar juntos com outros membros da comunidade internacional para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, ao reforçar o ritmo das sanções", declarou May.
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"O disparo de míssil norte-coreano desta semana foi uma escandalosa provocação e uma ameaça inaceitável par a segurança do Japão", completou.
May destacou o "papel particular" da China, aliado de Pyongyang e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, que condenou por unanimidade o disparo norte-coreano, mas sem prever um reforço das sanções.
No entanto, Pequim denunciou nesta quinta-feira os pedidos para aumentar as sanções contra Pyongyang atribuindo um "papel destrutivo a alguns países que ignoram as exigências de diálogo s falam apenas de sanções".
Alcance
Também nesta quinta, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou que Pyongyang limitou pela metade o alcance real do míssil lançado nesta semana nas águas do Oceano Pacífico no seu último teste.
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O míssil balístico de alcance intermédio Hwasong-12, lançado na última terça-feira pelo regime norte-coreano foi disparado em um ângulo "normal", mas a metade de seu alcance, segundo o relatório apresentado pelo ministério na Assembleia Nacional (Parlamento).
Sob ameaças da Coreia do Norte, habitantes de Guam tentam viver normalmente
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Autoridades da Ilha de Guam pedem à população para "ficar preparada contra qualquer eventualidade" diante das ameaças da Coreia do Norte de atacar com... Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIAMais
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A ilha de 550 quilômetros quadrados foi descoberta em 1521 pelo navegador português Fernando de Magalhães Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIA
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Guam tem status de território não incorporado dos EUA, como ocorre com Porto Rico. Os habitantes são cidadãos americanos, mas com direitos limitados Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIA
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Eles não podem participar das eleições nos EUA, e o único representante da ilha no Congresso não tem direito a voto nos projetos de lei Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIA
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Regularmente, surgem pedidos de referendo de autodeterminação, mas a Justiça federal americana os rejeita Foto: REUTERS/Erik De Castro
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Em Guam, que figura na lista da ONU de territórios não-autônomos, 45 mil pessoas recebem ajuda alimentar e se beneficiam do sistema de saúde americano Foto: AP Photo/Tassanee Vejpongsa
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A ilha é um ponto estratégico para as forças americanas, que contam com 6 mil soldados distribuídos em várias bases aérea e naval Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIA
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As praias paradisíacas, os complexos hoteleiros e as lojas duty-free representam um terço dos empregos em Guam, que atraiu mais de 1,5 milhão de visit... Foto: AFP PHOTO / Virgilio VALENCIAMais
O projétil sobrevoou parte do território do norte do Japão e percorreu cerca de 2,7 mil quilômetros antes de cair cerca de 1.180 quilômetros do Cabo de Erimo, mas o seu alcance real seria dentre 4,5 mil e 5 mil quilômetros, segundo Seul.
Esta distância seria suficiente para alcançar bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, cujas águas a Coreia do Norte ameaçou bombardear com mísseis em sua recente escalada de tensão com Washington, a pior dos últimos anos.
O próprio regime norte-coreano advertiu na véspera que o último teste foi uma "advertência" para o Washington e um "prelúdio significativo para manter Guam", ao mesmo tempo que seu líder, Kim Jong-un, pediu novos lançamentos na região. / AFP e EFE