23 de novembro de 2010 | 08h15
TÓQUIO - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, recomendou as autoridades do governo que estejam preparadas para qualquer desdobramento do conflito na península coreana. Nesta terça-feira, 23, a Coreia do Norte disparou mísseis contra uma ilha da Coreia do Sul, que revidou o ataque, segundo informações de agências de notícias sul-coreanas.
Veja também:
Banco Central de Seul promete medidas contra Pyongyang
Coreia do Norte dispara contra ilha e viola armistício
EUA e UE condenam ataque norte-coreano
Pyongyang acusa Seul de disparar primeiro
Kan disse, em entrevista a jornalistas, que instruiu o chefe da Secretaria de Gabinete, Yoshito Sengoku, e outras autoridades "para que façam o melhor na coleta de informações sobre a situação e estejam preparados para qualquer tipo de incidente inesperado".
Apesar do feriado no Japão, o primeiro-ministro japonês falou com a imprensa devido ao agravamento da tensão entre as Coreias. A Coreia do Sul enviou jatos militares para responder ao ataque de mísseis da Coreia do Norte contra a ilha Yeonpyeong, deixando várias casas em chamas e ferindo quatro pessoas.
Na Coreia do Sul, o alerta foi elevado ao seu mais alto nível desde a década de 1950. O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse que está tentando evitar que esse ataque se torne um grande conflito entre as nações. Ele disse que seu país dará uma resposta mais forte se os norte-coreanos continuarem as provocações.
De acordo com uma informante militar da Coreia do Sul, que não pôde se identificar, a tensão se acentuou nos últimos dias depois que os Estados Unidos informaram que o país vizinho construiu instalações para o enriquecimento do urânio, o que poderia ser utilizado para fins bélicos. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.