31 de março de 2011 | 09h38
TÓQUIO - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse nesta quinta-feira, 31, que o complexo nuclear de Fukushima Daichi deve ser desativado. O anúncio foi feito pelo secretário do Partido Comunista japonês, Kazuo Shii, após uma reunião com Kan, segundo a agência Kyodo.
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A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina, já havia indicado na última quarta-feira, 30, que poderia fechar os quatro principais reatores (1, 2, 3 e 4) de Fukushima.
Segundo a Tepco, o fechamento dos reatores é inevitável devido os graves danos sofridos após o terremoto do dia 11 de março. Essa operação, no entanto, aconteceria apenas após a finalização dos trabalhos de resfriamento dos reatores, o que pode levar meses.
Naoto Kan disse também que pode rever os planos que preveem a construção de mais 14 usinas nucleares até 2030.
O temor de contaminação pela radiação ainda é muito grande no local. Os níveis de radiação registrados na água do mar de Fukushima continuam em elevação e atingiram, segundo as medições desta quinta-feira, o recorde de 4.385 vezes o limite legal.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou ontem que a radiação medida em Iitate, a 40 km da central de Fukushima, superam os níveis recomendados. O local está fora da zona de exclusão atualmente em vigor, que compreende um raio de 20 km.
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