
13 de setembro de 2010 | 09h32
A China exigiu que o Japão solte o capitão Zhan Qixiong, depois de os 14 tripulantes tomarem um voo charter da ilha japonesa de Ishigaki, no sul do país, com destino à cidade costeira chinesa de Fuzhoum, informou a agência estatal de notícias da China, a Xinhua. O pesqueiro também está a caminho da China.
Um porta-voz do gabinete da procuradoria de Ishigaki disse que Zhan ainda está detido porque um tribunal aprovou na sexta-feira a extensão de sua prisão. Os promotores podem mantê-lo preso por até 20 dias enquanto decidem se adotam medidas legais contra ele por seu barco ter colidido com duas embarcações da guarda costeira do Japão.
O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou que a recente decisão não é suficiente.
"No momento, o lado japonês continua a deter ilegalmente o capitão do barco pesqueiro chinês e a China de novo faz um apelo ao Japão que o liberte imediatamente", disse a porta-voz Jiang Yu, em um comunicado na página do ministério na internet (www.mfa.gov.cn).
O conflito sobre a apreensão do pesqueiro lançou um foco emotivo à antiga disputa entre os dois países por um grupo de ilhotas mo Mar do Leste da China, chamadas Diaoyu, na China, e Senkaku, no Japão.
Uma escalada na disputa territorial não interessaria nem à China nem ao Japão, segundo o professor Takehiko Yamamoto, da Universidade Waseda, de Tóquio.
"Japão e China são dois gigantes da economia da Ásia-Pacífico. É difícil e improvável que a China opte por relacionar essa disputa com questões econômicas e, portanto, prejudicar os laços comerciais bilaterais", disse ele. "As perdas seriam muito grandes para ambos os lados."
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