Japão nega isolamento em programa nuclear norte-coreano

O ministro de Exteriores do Japão mostra-se confiante que os dois paises encontrarão um ponto de acordo e considerou a ajuda de seu país crucial

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Exteriores japonês, Taro Aso, descartou, neste domingo, que seu país esteja ficando isolado nas conversas de seis lados que acontecem em Pequim para pôr fim ao programa nuclear norte-coreano. "A Coréia do Norte é o único país que está isolado, não o Japão", afirmou Aso, segundo a agência "Kyodo". Além disso, afirmou que seu país não dará ajuda econômica ou energética direta ao regime de Kim Jong-il em troca da desnuclearização norte-coreana, embora o Japão esteja disposto a cooperar com seus vizinhos de forma indireta, acrescentou. Tóquio adota uma linha dura com Pyongyang por causa dos testes nucleares de outubro do ano passado e, especialmente, em função dos seqüestros de cidadãos japoneses feitos pelo regime norte-coreano nas décadas de 70 e 80. O Governo japonês repetiu em diversas ocasiões que não concederá ajuda à Coréia do Norte a menos que se façam progressos no assunto dos seqüestros, mas para Pyongyang esse tema está fechado, segundo a "Kyodo". Durante sua participação em um programa de TV local, Aso afirmou que o Japão não tem intenção de fornecer 500 mil toneladas de combustível a Pyongyang como recompensa pelos primeiros passos em direção ao fim de seu programa nuclear. "Eles realmente precisam 500 mil toneladas de combustível? Isso será destinado ao povo ou eles venderão para ganhar dinheiro?", perguntou o ministro. No entanto, mostrou-se confiante de que o Japão e a Coréia do Norte encontrarão um ponto de acordo e considerou que a participação japonesa no conjunto de ajudas que serão destinadas à Coréia do Norte é crucial. Segundo Aso, os representantes japoneses nas conversas de seis lados estão dispostos a permanecer na China até a próxima sexta-feira.

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