
21 de setembro de 2010 | 00h00
A tensão entre os dois países poderá aumentar ainda mais, caso a China comece a perfurar poços para exploração de gás na área que deu origem ao conflito - chamada de Ilhas Diaoyu na China, Senkaku no Japão e Diaoyutai em Taiwan. De acordo com a agência de notícias Kyodo, o premiê do Japão, Naoto Kan, começou a preparar a reação a essa possibilidade, depois que fotos aéreas mostraram o transporte para a região do que parecem ser equipamentos de perfuração chineses.
Um movimento de qualquer um dos lados nesse sentido significaria o abandono do entendimento alcançado em 2008, pelo qual Japão e China negociariam um acordo para a exploração conjunta das reservas da região - que chegariam a 496 bilhões de metros cúbicos de gás e 20 milhões de barris de petróleo, segundo estimativas chinesas.
O confronto colocou a relação entre a segunda e a terceira maiores economias do mundo no pior patamar desde 2005, quando milhares de chineses protestaram de maneira violenta contra o Japão nas ruas de grandes cidades da China.
Naquela época, o estopim foi a aprovação de livros de história que, aos olhos dos chineses, mascaravam as atrocidades cometidas pelo Japão durante o período em que invadiu a China (1931-1945).
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