Japão planeja limitar vida útil das usinas nucleares a 40 anos

Prazo de funcionamento das centrais, porém, pode ser estendido se requisitos forem cumpridos

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TÓQUIO - O governo do Japão planeja limitar a vida útil das usinas nucleares a 40 anos, explicaram nesta sexta-feira, 6, à agência local Kyodo fontes ligadas ao Executivo.

 

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O projeto, que faz parte de uma minuta para modificar a lei que regula a gestão de centrais e combustíveis nuclear, e que pela primeira vez estabelece a vida útil de uma usina atômica no Japão, contempla, no entanto, a possibilidade de estender o funcionamento de instalações no caso de cumprimento de certos requisitos.

 

Antes de aprovar estas prorrogações, o governo revisaria o grau de desgaste da central e a capacidade da empresa operadora para garantir a manutenção em nível tecnológico.

 

Dos 54 reatores de uso comercial existentes no país, três deles têm ao menos 40 anos - o número 1 da planta acidentada de Fukushima Daiichi (nordeste), o número 1 da central de Tsuruga (centro) e o número 1 da de Mihama (centro).

 

Além disso, o governo também planeja exigir por lei das operadoras de centrais medidas preventivas diante de graves acidentes nucleares, em que uma catástrofe pudesse prejudicar os reatores. Atualmente, o Japão deixa nas mãos das operadoras das centrais as medidas preventivas de segurança frente a este tipo de acidentes.

 

O acidente nuclear na planta de Fukushima Daiichi, provocado pelo terremoto e posterior tsunami de 11 de março, gerou danos milionários à agricultura, pecuária e pesca da região, ao mesmo tempo em que obrigou a remoção de 80 mil pessoas. 

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