Japão pode impor sanções por conta própria contra Coréia do Norte

Pyongyang anunciou que realizaria uma prova nuclear a qualquer momento a fim de contrapor seu poder de dissuasão atômica à "hostilidade" dos EUA

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do Japão poderá impor suas próprias sanções caso a Coréia do Norte cumpra a ameaça de fazer um teste nuclear. Em declarações à imprensa japonesa, o ministro porta-voz do governo, Yasuhisa Shiozaki, ressaltou a necessidade de combinar as pressões com uma clara mensagem de firmeza por parte da comunidade internacional. "A comunidade internacional, reunida em torno do Conselho de Segurança da ONU, está preparando uma mensagem que será enviada à Coréia do Norte. O Japão, por sua vez, considera possíveis ações por conta própria", disse o ministro porta-voz. O Japão já impôs sanções econômicas e financeiras à Coréia do Norte em resposta ao lançamento, dia 5 de julho, de sete mísseis balísticos que caíram no mar, entre os dois países. O ministro porta-voz japonês pediu ao regime norte-coreano que volte às conversações multilaterais sobre seu programa nuclear, estagnadas há quase um ano. A possibilidade de novas sanções também foi admitida pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Mas ele se referia à falta de informações por parte da Coréia do Norte sobre os cidadãos japoneses seqüestrados nos anos 70 e 80 por agentes norte-coreanos. No entanto, Abe voltou a considerar "inadmissível" que a Coréia do Norte pretenda realizar um teste nuclear. Na quarta-feira, ele já havia anunciado que o Japão trabalharia com Estados Unidos, China, Coréia do Sul e outros países para "responder adequadamente" à possibilidade de um teste nuclear norte-coreano. Na terça-feira passada, Pyongyang anunciou que realizaria uma prova nuclear a qualquer momento a fim de contrapor seu poder de dissuasão atômica à "hostilidade" dos EUA. Abe se mostrou confiante em conseguir a cooperação da China e da Rússia, dois países que mostram simpatias pelo regime norte-coreano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.