28 de março de 2009 | 11h44
Pyongyang anunciou que lançará um satélite de comunicações entre 4 e 8 de abril. As potências regionais acreditam que, na verdade, o lançamento será o teste de um míssil de longo alcance, o Taepodong-2, que acredita-se já estar em sua plataforma de lançamento em uma base norte-coreana.
Na manhã deste sábado, o Japão destacou destróieres equipados com mísseis interceptadores no Mar do Japão, que fica entre a Península da Coreia e o arquipélago japonês, informou uma autoridade do Ministério da Defesa.
Os destróieres também estão equipados com sofisticados sistemas de radares de combate Aegis. Um terceiro navio com o Aegis deixou outra base para o Oceano Pacífico, onde o míssil deve cair, informou a autoridade.
Os Estados Unidos, principal aliado de segurança do Japão, devem destacar dois navios com Aegis e capacidade de defesa de mísseis para o porto sul-coreano de Busan, na segunda-feira, afirmou uma autoridade militar norte-americana neste sábado.
A Coreia do Norte tem fornecido às agências internacionais informações de que a trajetória planejada do foguete deve passar por cima do Japão, liberando seus propulsores a leste e oeste da ilha. Qualquer tentativa de derrubar o foguete seria um ato de guerra, afirmou Pyongyang.
A Constituição japonesa não permite que o país intercepte um míssil se ele estiver claramente seguindo para um outro destino.
As potências regionais Japão e Coreia do Sul e os Estados Unidos prometeram punir Pyongyang se os norte-coreanos seguirem em frente com o lançamento, condenando o ato como uma violação de resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) impostas ao Estado por testes anteriores.
O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, repetiu sua crítica ao lançamento. "Eles estão lançando um míssil e o chamando de 'foguete'. Em nenhuma parte do mundo você vai achar um país que vai lançar um míssil de teste justamente sobre o país dos outros", afirmou Aso neste sábado à agência de notícias Kyodo.
Em seu teste anterior, em 2006, o Taepodong-2 explodiu ou foi deliberadamente destruído após falhar segundos depois de seu lançamento.
(Reportagem adicional de Cheon Jong-woo em Seul)
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