
22 de setembro de 2010 | 02h39
TÓQUIO - O governo do Japão está disposto a reunir-se com o Executivo chinês para reduzir a tensão pela detenção do capitão de um barco pesqueiro chinês que colidiu com embarcações japonesas de patrulha em águas disputadas pelos dois países, informaram fontes oficiais.
O porta-voz do governo japonês, Yoshito Sengoku, disse em entrevista coletiva que o Japão espera poder manter "o mais rápido possível" um encontro de alto nível com a China para reduzir a tensão com Pequim após o incidente.
Sengoku deu estas declarações depois que o presidente da China, Wen Jiabao, pediu a imediata libertação do capitão Zhang Qixiong, detido desde o último dia 9, depois que seu barco se chocou com duas patrulhas japonesas em águas das ilhas Senkaku, disputadas por Japão, China e Taiwan.
A Guarda Litorânea japonesa suspeita que Zhang tenha provocado choque de forma deliberada, já que os navios japoneses perseguiam o pesqueiro para abordá-lo e interrogar a tripulação.
No último domingo, as autoridades judiciais prorrogaram a detenção do capitão até o dia 29 de setembro, quando se completa o período máximo em que um suspeito pode ficar detido sem acusações no Japão.
A extensão da detenção causou a indignação da China, que suspendeu seus laços ministeriais com Tóquio, além de seus contatos de voos comerciais e outros encontros bilaterais.
A esta questão também se referiu o ministro japonês de Exteriores, Seiji Maehara, que, em declarações desde Nova York (onde participa da assembleia geral da ONU) recolhidas pela imprensa japonesa, quis desvincular a tensão com a China da disputa territorial sobre as ilas Senkaku (Diaoyu, em chinês).
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