
22 de dezembro de 2007 | 12h23
O Ministério da Defesa do Japão puniu dez funcionários da Força Marítima de Autodefesa por passar informações falsas sobre o combustível destinado aos Estados Unidos para suas atividades no Afeganistão, informou neste sábado, 22, a agência Kyodo. O Ministério da Defesa disse que, durante quatro anos, os funcionários mantiveram um número errado no registro de fornecimento de combustível aos navios de guerra americanos. O erro teve repercussões políticas e este ano fez com que o gabinete de ministros apresentasse dados falsos quando o Parlamento pediu informações sobre a ajuda energética que o Japão fornecia aos Estados Unidos e aos seus aliados no Afeganistão. Segundo os documentos mostrados, em fevereiro de 2003, a Força Marítima de Autodefesa do Japão havia fornecido a um avião de guerra americano um total de 200.000 galões de combustível. Em setembro, apoiando-se nos relatórios do Exército dos Estados Unidos, uma ONG japonesa afirmou que a quantidade total entregue tinha sido superior a 800.000 galões. Além disso, o documento indicava que parte do combustível tinha acabado nos tanques do porta-aviões americano Kitty Hawk, que, posteriormente, foi usado no conflito no Iraque. Segundo a legislação japonesa, o fornecimento de combustível a navios de guerra americanos deveria se limitar à atividade militar no Afeganistão. Mais tarde, o Executivo se viu obrigado a reconhecer o erro, a corrigir o dado e abrir uma investigação dentro do Ministério da Defesa para identificar os culpados.
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