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Japonesa pode ter sido violentada por militares americanos

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma jovem japonesa, moradora da ilha de Okinawa, disse ter sido violentada hoje por estrangeiros. Segundo a polícia, testemunhas disseram que o crime foi cometido por militares americanos. A polícia está interrogando a vítima e está fazendo buscas na cidade de Chatan, onde o ataque aconteceu. A região fica perto de várias bases militares americanas. Uma testemunha que não quis se identificar disse à polícia que vários homens, aparentemente militares americano, estupraram a mulher em um estacionamento de Chatan, e então fugiram em um veículo. De acordo com Shoichi Shinzato, um porta-voz da polícia de Okinawa, testemunha afirmou ter visto a vítima ser cercada por vários homens e um deles violentou a mulher. A polícia não revelou outros detalhes do crime e oficiais do Exército dos Estados Unidos não quiseram comentar o caso. "Nós não temos informações", disse Masao Doi, porta-voz da base aérea de Kadena, localizada em Okinawa, a maior unidade militar americana na Ásia. A ilha de Okinawa fica a 1.600 quilômetros ao sul de Tóquio e é a base de mais de 50 mil militares americanos no Japão. Essa não é a primeira vez que soldados americanos cometem crimes de violência sexual contra japoneses, e que sensibilizaram bastante a opinião pública no passado. O caso mais grave aconteceu em 1995, quando três soldados da Marinha americana estupraram uma garota de 12 anos. O incidente provocou as maiores demonstrações anti-EUA das últimas décadas. E, no ano passado, um soldado americano foi preso por ter invadido a casa de uma família japonesa em Okinawa e molestado a filha do casal. O caso ocorreu antes de uma visita oficial do então presidente americano Bill Clinton, que pediu desculpas oficialmente pelo comportamento impróprio dos soldados. Hoje, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, deixou o país para fazer sua primeira visita oficial aos Estados Unidos desde que foi eleito, em abril, e vai se encontrar com o presidente George W. Bush.

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