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Jemaah Islamiyah recrutou motorista da van que explodiu em Jacarta

Por Agencia Estado
Atualização:

O suposto militante suicida responsável pela explosão desta semana em frente ao hotel Marriott de Jacarta foi recrutado pelo grupo Jemaah Islamiyah (Comunidade Islâmica), acusou a polícia indonésia nesta sexta-feira. O anúncio da polícia é o mais recente indício de que a Jemaah Islamiyah, acusada de perpetrar os atentados do ano passado contra a paradisíaca ilha de Bali, também estaria por trás da explosão que deixou dez mortos e 150 feridos na terça-feira. Suspeita-se que a Jemaah Islamiyah faça parte da rede extremista Al-Qaeda no sudeste da Ásia. A Al-Qaeda é liderada pelo milionário saudita no exílio Osama bin Laden. Dois detentos suspeitos de filiação à Jemaah Islamiyah tiveram acesso à reconstrução do rosto do suposto militante suicida. Os presidiários o reconheceram e disseram que foram eles que o recrutaram, disse Erwin Mappaseng, diretor da divisão de investigações da polícia federal indonésia. A cabeça decepada do suposto militante suicida foi encontrada no local do atentado, conforme já informara a polícia. Os detentos o identificaram como Asmar Latin Sani, um homem de 28 anos natural da ilha de Sumatra. "Os dois membros da Jemaah Islamiyah recrutaram Asmar Latin Sani", disse Mappaseng a jornalistas. "Eles e o irmão de Asmar identificaram a cabeça decepada do suspeito com base em uma cicatriz em sua têmpora esquerda." Mappaseng identificou os dois membros detidos da Jemaah Islamiyah como Sardono Siliwangi e Mohammad Rais, presos em junho ppor acusações de envolvimento em atentados e latrocínio em Sumatra, a ilha mais a oeste do arquipélago indonésio. Em Londres, porém, o jornal Al-Quds Al-Arab, publicado em árabe na capital britânica, divulgou nesta sexta-feira trechos de uma declaração com data do último dia 5 na qual uma suposta célula da Al-Qaeda autodenominada Brigadas Abu Hafs el-Masri assume a autoria do atentado daquele dia contra o hotel na capital da Indonésia. Segundo o jornal, o grupo qualifica o ataque como um "forte tapa na cara dos Estados Unidos e seus agentes na Jacarta islâmica". A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo. Um porta-voz da polícia federal indonésia disse que as autoridades locais não descartarão essa reivindicação, mas "nada sabem sobre a existência" das Brigadas Abu Hafs el-Masri.

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