25 de janeiro de 2010 | 07h45
"É o momento de começarmos a pensar em mudar a natureza da missão da Minustah", disse Jobim ao Estado. "O mandato da Minustah é de manutenção de paz, leia-se segurança, mas é preciso que a ONU perceba que sua missão não é mais só fornecer segurança, mas também a de construção da infraestrutura", completou o ministro.
Segundo as normas internas das Nações Unidas, esse tipo de mudança só pode acontecer caso for aprovada no Conselho de Segurança da instituição. Jobim afirmou que o Brasil deve, em breve, fazer um pedido formal para que isso aconteça. "Essa é uma discussão que eu já vinha levantando bem antes do terremoto, mas, agora, vai ser seguramente reaberta pelo Itamaraty e, é lógico, pela representação do Brasil na ONU", disse Jobim. Há pelo menos dois anos, o Ministério da Defesa mudou o perfil dos militares enviados para compor a Minustah e passou a privilegiar os que atuam em batalhões de engenharia. Segundo Jobim, a missão da Minustah deveria incluir mandato para "pacificar economicamente o país", com ênfase em criação de empregos, reconstrução e educação.
No sábado, quando discutiram o assunto com Amorim, os comandantes militares alegaram ao ministro que a inserção da "reconstrução" do país dentro do mandato abriria caminho para enviar ao Haiti engenheiros das forças armadas dos países que compõem a Minustah, além de material para auxiliar nos trabalhos. Partindo do Brasil, que tem o maior contingente no país, o pedido teria um peso significativo e grandes chances de ser aprovado rapidamente, avalia a cúpula da ONU em Porto Príncipe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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