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Jordânia dá status de "refugiada" à filha mais velha de Saddam

Raghad, sua irmã Rana e seus filhos se refugiaram na Jordânia como convidadas do rei Abdulah II meses depois da queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da Jordânia, Marouf Bakhit, disse neste domingo que a filha mais velha do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, Raghad, foi admitida no país como refugiada por "razões puramente humanitárias". O governo iraquiano publicou hoje uma lista com os nomes de 41 pessoas suspeitas de estarem implicadas na atual onda de violência no Iraque, entre elas alguns parentes de Saddam Hussein, como Raghad e a primeira mulher do ex-ditador. "A presença de Raghad Hussein e seu filho na Jordânia é por razões puramente humanitárias. Ela está no país como refugiada que vive sob a proteção da família real hachemita" do rei Abdullah II, declarou Bakhit. O primeiro-ministro respondeu assim aos jornalistas em Bagdá às perguntas feitas sobre a citada lista, que o governo iraquiano entregou à Interpol. As autoridades iraquianas disseram que gostariam de contar com a ajuda dos países vizinhos na extradição de pessoas vinculadas ao antigo regime iraquiano e que fomentam a insurgência no país. "O governo jordaniano não recebeu nenhum pedido oficial de extradição", respondeu Bakhit. "No entanto, estaria disposto a chegar a algum acordo neste sentido se um pedido fosse tramitado pelos canais oficiais e de forma apropriada", acrescentou. Raghad, sua irmã Rana e seus filhos se refugiaram na Jordânia como convidadas do rei Abdulah II meses depois da queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003. Desde então, as duas filhas de Hussein foram submetidas à estrita obrigação de não se envolverem em assuntos políticos. No entanto, Raghad atua como elemento-chave no grupo familiar que se encarrega da defesa de Hussein e concede entrevistas a meios de comunicação que ela escolhe.

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