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Jordânia se oferece para mediar crise palestina

Haniya teria aceitado convite para discutir "diferenças" com Abbas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Jordânia se ofereceu para mediar negociações entre o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyah, em uma tentativa de ajudar a pôr fim à violência entre os grupos que os dois líderes representam, o Fatah e o Hamas. Um porta-voz do Hamas, Ghazi Hamad, disse que Haniya aceitou um "convite" do rei Abdullah para discutir na Jordânia as suas "diferenças" com Abbas, do Fatah. O presidente da Autoridade Palestina está em visita à Jordânia, onde deverá se reunir com o primeiro-ministro do país, Ma´ruf al-Bakhit. Um representante do governo jordaniano, que tem apoiado Abbas e mantido relações frias com o Hamas, disse que a proposta de sediar um encontro entre Abbas e Haniya era uma tenatativa de "revigorar o processo de paz e solidificar a unidade nacional palestina". A Jordânia fechou as instalações do Hamas na capital do país, Amã, em 1999 e expulsou seus líderes. Antes de viajar à Jordânia, Abbas reuniu-se em Israel com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, na primeira reunião formal entre um líder israelense e um palestino em quase dois anos. Ele deverá seguir nesta terça-feira para o Egito. O Hamas e o Fatah estão envolvidos em uma disputa de poder desde que os palestinos elegeram o grupo militante que prega a destruição de Israel, o que, por sua vez, levou vários doadores internacionais a suspender ajuda financeira ao governo palestino. As tensões se intensificaram desde que Abbas defendeu a convocação antecipada de eleições - medida qualificada como golpe pelo Hamas, que derrotou o Fatah nas urnas no início do ano. Os dois grupos acertaram um primeiro cessar-fogo um dia após o polêmico anúncio de Abbas e, diante do fracasso da trégua, anunciaram outro três dias depois, que passou a vigorar às 23h (19h pelo horário de Brasília) do dia 19.

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