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Jordanianos vão às ruas exigir reformas políticas

Marchas ocorreram na capital Amã e em Irbid; manifestantes querem substituição do novo governo

Atualização:

AMÃ - Centenas de jordanianos foram às ruas em Amã e na cidade de Irbid nesta quarta-feira, 16, para pedir reformas políticas e a renúncia do novo governo, nomeado na semana passada, disseram testemunhas das manifestações.

 

 

Em Irbid, 80 quilômetros ao norte da capital Amã, centenas de ativistas, sindicatos e membros da oposição se manifestaram para pedir a renúncia do Executivo, a dissolução da câmara baixa do Parlamento, escolhida nas eleições legislativas de 9 de novembro, e o julgamento dos políticos corruptos.

 

Na capital, dezenas de ativistas opositores realizaram um protesto para pedir a anulação das emendas introduzidas à Constituição de 1952, como parte das reformas políticas solicitadas pela oposição. "Estamos aqui para pedir a restauração da Constituição de 1952, que deveria representar o começo de uma nova era de reformas", disse Mohammed Sunaid, um dos líderes da manifestação.

 

A Constituição promulgada em 1952 é considerada na Jordânia como um marco rumo à democracia na história do país, por estar de acordo com as constituições de países democráticos. Os jordanianos, porém, têm protestado nos últimos dias estimulados pelas revoltas populares que derrubaram ditadores no Egito e na Tunísia mais cedo neste ano.

 

As marchas na Jordânia causaram há duas semanas a renúncia do governo do primeiro-ministro Samir Rifai, que foi substituído por Marouf Bakhit, a quem o rei Abdullah II encarregou de realizar "reformas políticas e econômicas reais".

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