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Jornal diz que Irã tentou diálogo com EUA

Entre os intermediários citados pelo jornal Washington Post estão o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o diretor da AIEA Mohamed ElBaradei

Por Agencia Estado
Atualização:

O Irã propôs um diálogo direto com os Estados Unidos sobre a atual crise provocada pelo programa nuclear iraniano, informou nesta quarta-feira o jornal The Washington Post, citando como fontes funcionários americanos, analistas iranianos e diplomatas estrangeiros. O jornal diz que o Irã usou vários intermediários durante as últimas semanas para tentar marcar um encontro com autoridades dos EUA. Entre os intermediários estão o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, e os Governos da Indonésia e Kuwait, segundo as fontes do "Post". O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, enviou no dia 8 de maio uma carta ao presidente George W. Bush. Mas a secretária de Estado, Condoleezza Rice, não deu importância ao texto, dizendo que não trazia "nada de novo". Bush não enviou resposta. O governo dos EUA afirma que o Irã deveria negociar seu programa nuclear com os países europeus encarregados do assunto, Reino Unido, França e Alemanha. Os diretores políticos dos ministérios de Relações Exteriores dos três países, mais os dos Estados Unidos, Rússia e China, devem se reunir nesta quarta em Londres. Propostas Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha podem fechar uma oferta ao Irã para que renuncie ao enriquecimento de urânio, evitando sanções. Em troca, poderia contar com uma usina nuclear de água leve e fornecimento de urânio enriquecido para fins civis. Um porta-voz do Foreign Office informou que as conversações acontecerão pouco antes de meio-dia. Mas não está prevista nenhuma entrevista coletiva sobre o resultado desta reunião. Rússia e China já deixaram claro que não aceitam nenhuma ameaça implícita sobre o uso de força. A nova chanceler britânica, Margaret Beckett, garante que não há intenção de atacar o Irã. O insistência de Teerã em não colaborar pode levar a um embargo de armas e combustível e ao congelamento de ativos, entre outras sanções.

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