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Jornalista americano denuncia ataque em repressão policial no Bahrein

A TV ABC publicou em seu site uma reportagem de rádio em que Miguel Márquez descrevia ao vivo e com detalhes o choque entre a polícia e os manifestantes

Por Efe
Atualização:

WASHINGTON - O correspondente americano da emissora de TV ABC, Miguel Márquez disse nesta quarta-feira, 16, que foi atacado durante uma repressão policial contra manifestantes no Bahrein.

De acordo com o principal grupo opositor e representante da comunidade xiita, o Al Wifaq, duas pessoas morreram nos protestos, quando a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar milhares de manifestantes da Praça Pearl, no centro da capital Manama.

 

As manifestações foram convocadas para exigir reformas políticas no país.

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A ABC publicou em seu site uma reportagem de rádio em que Márquez descrevia ao vivo e com detalhes o choque entre a polícia e os manifestantes.

 

"Acabo de ser atacado por um grupo de pistoleiros. Estou em uma praça perto de nosso hotel, onde as pessoas se escondem com medo nos edifícios", explicava Márquez em reportagem na qual repetia às pessoas que o atacavam que era jornalista.

 

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"Esta gente não está brincando (...). Vão despejar a praça para impedir mais protestos na sexta-feira. O governo claramente não quer que isto aumente", explicou Márquez.

 

Márquez é o segundo jornalista nos últimos dias a ser atacado durante a cobertura dos protestos no mundo árabe, que começaram na Tunísia e posteriormente se espalharam pelo Egito e agora pelo Barein e outros países.

 

A correspondente da cadeia televisiva CBS Lara Logan foi atacada sexualmente no Cairo na noite em que o presidente egípcio Hosni Mubarak renunciou.

Antes disso, uma apresentadora da ABC, Christiane Amanpour, e outro da CNN, Anderson Cooper, também disseram terem sido alvo da fúria da multidão no Cairo.

 

Há duas semanas, um cinegrafista e um produtor da ABC também foram ameaçados com atos de violência, segundo a empresa.

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