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Jornalista americano está preso na Síria, confirma embaixadora

Diplomata checa, que representa interesses dos EUA no país, diz que Austin Tice está sob custódia do governo

Por DAMASCO
Atualização:

O jornalista freelancer americano Austin Tice, que desapareceu na Síria há mais de duas semanas, foi capturado e está preso, segundo várias fontes, incluindo um diplomata. Tice, de 31 anos, escreveu recentemente para várias publicações, entre elas o Washington Post e a McClatchy Newspapers, depois de entrar na Síria em maio. Seus artigos retratavam o drama em áreas de combate. As notícias do jornalista, que estuda Direito na Universidade Georgetown e foi oficial de infantaria do corpo de fuzileiros navais dos EUA, cessaram em meados de agosto, quando disse a amigos e parentes que pretendia sair da Síria. Falando a uma estação de TV checa, na segunda-feira, a embaixadora de Praga na Síria, Eva Filipi, garantiu: "Nossas fontes informaram que ele está vivo e foi preso pelas forças do governo nos arredores de Damasco, durante os combates". A embaixada checa tem cuidado dos interesses dos EUA na Síria desde que a embaixada americana foi fechada, em fevereiro, por temores com a segurança de funcionários. Segundo a embaixadora, seus funcionários continuarão tentando obter informações sobre o paradeiro de Tice. Seu relato foi posteriormente corroborado por outras pessoas que sabem onde está o jornalista, as quais informaram que ele foi preso perto do bairro de Deraya, em Damasco. O governo sírio não respondeu às indagações oficiais a respeito de Tice, disse o Departamento de Estado americano. Ontem, um funcionário sírio em Washington não quis comentar as declarações da embaixadora checa. A família do repórter pediu, na quinta-feira, que ele fosse libertado. "Austin é o nosso amado filho. Imploramos ao governo sírio que lhe seja dado um tratamento humano e também que ele seja devolvido para a família o mais cedo possível", disseram os pais de Tice, Marc e Debra. / THE WASHINGTON POST

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