Jornalista chinês é detido pela polícia por causa da SARS

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um editor, cujo jornal noticiou o primeiro caso de SARS na China, este ano, foi detido e interrogado pela polícia, segundo relatou uma organização de proteção aos direitos humanos. Cheng Yizhong, editor do Diário Metropolitano do Sul, não quis comentar seu interrogatório, mas apareceu para indicar que o assunto fora resolvido. ?Não é conveniente para mim falar agora, mas o caso acabou?, disse Cheng, na redação de seu jornal. Cheng foi levado do jornal, na cidade sulina de Guangzhou, terça-feira, por três membros do escritório da promotoria municipal, assegurou o Centro de Informação sobre Direitos Humanos e Democracia. E foi solto, ainda segundo a organização, oito horas depois. O escritório da promotoria de Guangzhou não respondeu aos telefonemas e não foi feito nenhum anúncio oficial sobre as razões do interrogatório de Cheng. O Diário Metropolitano do Sul constrangeu o governo comunista chinês ao noticiar que um homem em Guangzhou era suspeito de ter contraído a SARS em 26 de dezembro ? um dia antes de as autoridades informarem a Organização Mundial da Saúde sobre o caso. O repórter que deu a notícia, Zeng Wengiong, não está indo trabalhar há dias, disse um telefonista do jornal. O operador recusou-se a dar mais detalhes e não está claro se Zeng também foi detido. O governo chinês é sensível a qualquer sugestão de que não esteja agindo pronta e decisivamente contra a SARS. As autoridades foram muito criticas por sua reação lenta a eclosão do surto da doença, no ano passado, quando morreram 349 chineses do continente. O homem que o jornal reportou como tendo contraído SARS em Guangzhou, este ano, um produtor de televisão de 32 anos, teve realmente confirmada a síndrome de deficiência respiratória aguda. Ele obteve alta do hospital hoje.

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