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Jornalista do Zâmbia é inocentada de acusação de pornografia

Contra greve, ela distribuiu fotos de mulher dando a luz em estacionamento.

Por BBC Brasil
Atualização:

Uma jornalista na Zâmbia foi absolvida nesta segunda-feira da acusação de pornografia por distribuir fotos de uma mulher dando à luz no estacionamento de um hospital em greve. A gestante havia procurado outros dois postos de saúde antes do hospital, mas, por causa da greve de trabalhadores do setor, o bebê morreu. Segundo a correspondente da BBC Jo Fidgen, na Zâmbia, as fotos mostram o corpo do bebê saindo de dentro da mulher, mas a cabeça ainda dentro dela. A jornalista Chansa Kabwela não publicou as fotos, mas as enviou a formadores de opinião na Zâmbia - entre eles ministros do governo e representantes de organizações que lutam pelos direitos das mulheres. Juntamente com as fotos, Kabwela enviou uma carta pedindo que a greve fosse encerrada. Motivação política O presidente zambiano, Rupiah Banda, descreveu as fotos como pornográficas, mas juiz do caso disse não que não considerou as fotografias obcenas. "A vitória foi a dos que sofreram durante a greve. Sabia que seria absolvida", disse Kabwela, que é editora do jornal The Post. O jornal é conhecido pela sua oposição ao governo, e correspondentes dizem que o presidente já deixou clara sua antipatia ao veículo. A jornalista afirma que o caso teve motivação política. A pornografia é considerada ilegal na Zâmbia, e a jornalista poderia ter sido condenada a cinco anos de prisão se considerada culpada. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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