Jornalista é encontrado morto no México com sinais de violência

100 jornalistas foram assassinados no país desde 2000. País é tido como um dos mais perigosos do mundo para a imprensa

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Por Redação
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CUERNAVACA, MÉXICO - Um jornalista foi encontrado morto no porta-malas de um carro abandonado no estado de Morelos, região central do México, nesta terça-feira, 30. O corpo de Rogelio Barragán, diretor do portal Guerrero Al Instante, foi encontrado "com ferimentos bruscos no rosto e uma lesão na área do cérebro", informou a promotoria do estado. O país é tido como um dos mais mortíferos do mundo para profissionais da imprensa. 

Protesto no Anjo da Independência, emblemático monumento da capital mexicana, em dezembro de 2017 contra morte de jornalistas Foto: Hector Vivas / Derecho a Informar / AP

"Ele tinha mais de 10 anos de trabalho jornalístico", disse a representante da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Balbina Flores, para quem o "perfil" de Barragán era de um jornalista que enfrentava "riscos". "Vamos continuar investigando mais para ter certeza se o assassinato dele teve a ver com o trabalho." 

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Ataques à imprensa

A RSF contabilizou o assassinato de sete jornalistas apenas este ano.  O presidente do México, Andrés López Obrador, prometeu durante sua campanha exercer uma política mais efetiva de proteção à imprensa. "Foi um ano terrivelmente desastroso para a liberdade de imprensa. Esperávamos que essa situação não continuasse até o governo, mas vimos que não, isso não diminuiu", concluiu Balbina.

Em maio, houve uma média de dois ataques a jornalistas por dia, a maioria deles cibernéticos e supostamente atribuíveis a funcionários e ao crime organizado, disse o delegado da RSF. Cem jornalistas foram mortos no México desde 2000. O México se classifica em 2019 como o "país mais mortífero do mundo para a imprensa", segundo a RSF.

Desde 2000, 100 jornalistas foram mortos no México. O México se classifica em 2019 como o "país mais mortífero do mundo para a imprensa", segundo a RSF. / AFP

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