Jornalista seqüestrada no Iraque aparece em nova gravação

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Por Agencia Estado
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A jornalista americana Jill Carroll, seqüestrada há um mês no Iraque, pediu que as autoridades cumpram as exigências de seus captores em uma gravação veiculada nesta quinta-feira na televisão do Kuwait. Jill apareceu em um vídeo em preto-e-branco sentada em frente à uma parede com uma grande estampa floral e usando um véu islâmico. Ela disse com uma voz firme e sem chorar: "Estou aqui e estou bem. Por favor apenas façam tudo o que eles querem, dêem a eles o que eles pedem o mais rápido possível. Não há muito tempo". O vídeo foi gravado no dia 2 de fevereiro e foi ao ar na TV Al Rai, um canal privado do Kuwait. Os dois vídeos anteriores em que a jornalista aparece foram enviados para a rede Al-Jazeera, mais conhecida internacionalmente. A gravação foi entregue nesta quinta-feira ao escritório da Al Rai em Bagdá, segundo relato de Hani al-Srougiao, um editor da sede da emissora no Iraque. A fita veio acompanhada por uma carta escrita pela jornalista, que está sob o poder da estação de TV. Na fita, a americana menciona a mensagem escrita e sugere que os seqüestradores já haviam mandado uma carta com sua letra anteriormente. Esse foi o primeiro relato sobre as cartas da jornalista. "Eu estou com os mujahadeen (guerreiros sagrados). Eu mandei uma carta de próprio punho, mas vocês quiseram mais provas, então estamos mandando essa carta agora para provar que estou com eles" ela disse. Jill Carroll, de 28 anos, trabalhava como freelance para o Christian Science Monitor e foi capturada no dia 7 de janeiro em Bagdá. Seus seqüestradores se identificam como "A Brigada da Vingança" e exigem a libertação de todas as iraquianas presas em cadeias americanas no Iraque. A Al-Jazeera exibiu um vídeo no dia 17 de janeiro em que a jornalista aparecia com a cabeça descoberta. Os seqüestradores estabeleceram um prazo - 20 de janeiro - para que suas exigências fossem cumpridas. Do contrário, a matariam. O prazo terminou e nenhuma palavra sobre o desfecho da americana foi dita até que um novo vídeo, no dia 30 de janeiro, mostrasse Jill Carroll chorando e falando para a câmera. Ela pedia para que as prisioneiras iraquianas fossem libertadas. A Al-Jazeera, com sede em Qatar, não exibiu o áudio em nenhum dos dois vídeos, alegando que era muito distorcido para os espectadores, mas a voz da jornalista pode ser ouvida em determinado trecho da segunda gravação dizendo "... Esperança para as famílias". O porta-voz da embaixada americana em Bagdá, Dennis Culkin disse que as autoridades dos Estados Unidos normalmente não comentam sobre fitas até que elas tenham sido autenticadas.

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