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Jovem é amputada para ser retirada de escombros

Por REUTERS E AP
Atualização:

Médicos chineses amputaram ontem as pernas da adolescente Yang Liu, que estava presa sob blocos de concreto de sua escola, na cidade de Hanwang, três dias após o terremoto que atingiu a Província de Sichuan. Esse era o único meio de tirá-la com vida dos escombros. Momentos após a cirurgia, os médicos a retiraram da pilha de concreto e a levaram rapidamente de ambulância para um hospital na cidade vizinha de Deyang. "Salvamos sua vida", disse um médico que deixava o local, ainda usando uma máscara e com o estetoscópio em volta do pescoço. "Sua condição é muito precária." Outro médico, que se identificou apenas como Wang, disse que toda a operação durou cerca de 20 minutos. "Não levou muito tempo, pois simplesmente cortaram os ossos." Logo após a cirurgia, as equipes de resgate voltaram a revirar os escombros, retirando corpos de estudantes mortos. Após o menino Zhang Jiazhi, de 11 anos, ser retirado dos escombros de sua escola em Deyang, ele e seus pais enfrentaram um novo desafio: tentar salvar seus braços, que haviam sido esmagados. O hospital mais próximo disse que não podia atendê-lo, pois sismos secundários ainda estremeciam o prédio. Vinte horas após os braços de Jiazhi serem esmagados pelos destroços - e após ele e seus pais se espremerem em uma ambulância com outras nove pessoas e esperarem em uma lotada sala de emergência de outro hospital - os médicos o operaram. Mas já era tarde. Jiazhi, que gostava de jogar pingue-pongue e fazer brinquedos de madeira para os colegas, teve seus dois braços amputados. "Pedi aos médicos que tentassem salvar sua mão direita, com a qual ele escrevia, mas era tarde demais", disse o pai, Zhang Qingyou.

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