Um relatório do Pentágono revelou que o problema de recrutamento no Exército dos EUA se intensificou devido à recusa dos jovens em se alistar para a Guerra do Iraque. O Departamento de Defesa dos EUA indicou que, em meados do ano fiscal de 2006, o Exército tinha registrado 737 recrutas a menos que no mesmo período do ano anterior, quando pela primeira vez desde 1999 a instituição não conseguiu cumprir suas metas de recrutamento. Os dados também revelam que, entre outubro do ano passado e fins de março, tinham sido inscritos 31.369 novos recrutas. No mesmo período do ano anterior esse número foi de 32.106. O Exército estabeleceu uma meta de recrutamento de 80 mil soldados, número que não foi alcançado no ano fiscal de 2005. Fontes do Exército indicaram que, além de estar relacionada à Guerra do Iraque, a resistência dos jovens americanos ao alistamento também se deve à boa situação econômica atual do país, que lhes oferece melhores oportunidades no campo civil. Resistência materna No entanto, segundo os analistas, o problema tem sua principal origem na rejeição das mães dos jovens à possibilidade de que seus filhos sejam enviados a uma guerra que já causou a morte de quase 2.400 soldados americanos. Apesar dos obstáculos que vêm encontrando, as autoridades do Exército indicaram confiar que alcançarão a meta de 80 mil novos recrutamentos até o final do ano fiscal 2006. Em comunicado, o comandante do recrutamento, Douglas Smith, destacou que as oportunidades de aumentar o recrutamento crescerão durante o verão americano, quando muitos jovens terminam seus estudos secundários. Em meados do mês passado, o Pentágono anunciou que o número de efetivos da Guarda Nacional e de reservistas mobilizados no Iraque tinha caído para 117.998, número mais baixo desde a invasão do país há três anos.