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Jovens convocam protestos para 'salvar a revolução' no Egito

Opositores prometem manter pressão sobre os miltiares por cumprimento de demandas

Atualização:

CAIRO - Uma nova manifestação foi marcada para a sexta-feira, 1º, pelos jovens da oposição no Egito. O objetivo do ato, dizem os organizadores, é "salvar a revolução" popular que teve início no dia 25 de janeiro e terminou 18 dias depois com a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, que estava há 30 anos no poder.

 

 

Khaled al-Sayed, um dos membros da Coalizão dos Jovens da Revolução, chamou "o povo da revolução a participar da salvação" na Praça Tahrir e pressionar a cúpula militar provisoriamente no poder a cumprir as exigências feitas pelo povo que ainda não foram atendidas. Entre as demandas estariam o julgamento de "corruptos" do governo de Mubarak e o confisco dos bens desses indivíduos.

 

Segundo os dissidentes, o "resgate" da revolução deve ocorrer porque ainda há reivindicações a ser atendidas pelos militares, como a dissolução do Corpo de Segurança do Estado. "Não queremos uma reconciliação com o antigo regime. Seus membros representam um perigo para a revolta, todos devem ser julgados", disse o líder opositor.

 

Para as manifestações de sexta, foram distribuídos folhetos em várias partes do país. As redes sociais e a internet também foram usados na divulgação das marchas, a exemplo do que ocorreu durante toda a revolução. Opositores de relevância também usaram seus blogs para conscientizar a população do ato.

 

A Coalizão criticou também a Constituição Provisória apresentada na quarta pela junta militar e que estará vigente até as eleições parlamentares e presidenciais. Segundo o órgão, ela não diminui, e sim aumenta os poderes presidenciais. "Não queremos outro faraó dirigindo o país", disse Al-Sayed.

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