CAIRO - O Movimento 6 de Abril, que convocou a primeira manifestação em massa contra o regime egípcio em 25 de janeiro, pediu nesta quinta-feira, 10, a renúncia do vice-presidente Omar Suleiman, enquanto milhares de pessoas continuam com os protestos em todo o país.Veja também:Infográfico:A revolução que abalou o mundo árabe TV Estadão: Veja imagens dos protestos na praça Tahrir Artigo: De que lado está o Exército egípcio? Radar Global: Personagens, curiosidades e análises da criseEm comunicado postado em seu site, o grupo rejeitou o plano proposto na terça-feira passada por Suleiman para introduzir reformas constitucionais e exigiu o abandono imediato do poder. Os jovens do Movimento 6 de Abril também condenaram o tratamento inaceitável dado aos manifestantes por parte dos serviços secretos."O estilo dos serviços secretos impresso por Omar Suleiman (ex-chefe dos serviços de inteligência) em seu tratamento com os manifestantes na praça de Tahrir é inaceitável", indicam na nota. Nessa praça, epicentro dos protestos políticos contra o presidente Hosni Mubarak, seguem concentrados milhares de manifestantes que pedem a renúncia do líder.Quanto ao diálogo, asseguraram que não rendeu nenhum fruto e que dele participam partidos fabricados e personalidades das quais não se conhece nada para falar em nome dos jovens manifestantes em uma tentativa de enganar o povo egípcio. Além disso, disseram que o diálogo é apenas uma maneira de manter no poder as mesmas pessoas do regime.Leia ainda: Greves aumentam e paralisam o transporte públicoJornais e TVs são o novo front no Egito Arábia Saudita se oferece para apoiar MubarakChanceler egípcio vê risco de golpe militar no país