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Judeus ultranacionalistas impedidos de entrar em mesquita

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia israelense impediu nesta quinta-feira o acesso de várias dezenas de judeus ultranacionalistas a uma mesquita que é considerada o terceiro local mais sagrado do Islã. Centenas de policiais rodearam um dos templos da Cidade Velha de Jerusalém para manter afastados da atualmente chamada Esplanada das Mesquitas cerca de 40 ultranacionalistas judeus. No lugar sagrado onde nos tempos bíblicos se erguiam dois templos judaicos ergue-se hoje a mesquita de Al-Aqsa; a seu lado, está o Domo da Rocha - uma mesquita erguida onde, segundo a tradição, o profeta Maomé subiu aos céus. Esta quinta-feira era o dia anual de jejum e luto pela destruição dos templos judaicos por parte dos exércitos invasores, especialmente as legiões romanas de Tito e Vespasiano, que incendiaram o último templo de Jerusalém. A cada ano, a polícia vinha permitindo que o grupo Templo Monte Fiel, que tenta reerguer o templo no lugar da mesquita, marche até as portas do prédio. O edifício é administrado pelo Conselho Supremo Muçulmano, e nos últimos três anos de confrontos entre israelenses e palestinos apenas os islâmicos têm tido acesso à mesquita. Há algumas semanas, a polícia israelense voltou a permitir que pequenos grupos de turistas, entre eles judeus, visitassem novamente o edifício, medida que provocou enérgicas reclamações por parte dos muçulmanos. Ao aproximar-se o dia de jejum, a polícia proibiu as visitas. Na quarta-feira, a Corte Suprema de Israel rejeitou uma apelação apresentada pelo grupo Templo do Monte Fiel que pedia a autorização da construção de um novo templo judeu no local.

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