BERLIM - Um tribunal na Alemanha determinou que o ex-presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, deverá permanecer detido enquanto o processo de extradição à Espanha prossegue, o que pode demorar semanas, de acordo com Georg Guentge, fiscal estatal de Schleswig-Holstein. De acordo com Guentge, durante a audiência a corte de Neumuenster também escutou argumentos do advogado de Puigdemont, que disse que a solicitação de extradição apresentada por Madri tem inconsistências.
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Guentge disse que o juiz rechaçou a moção do advogado do político catalão, mas sinalizou que os temas podem ser abordados novamente durante o processo de extradição que teve início nesta segunda-feira. A sessão, que ocorreu a portas fechadas, aconteceu um dia depois de diversos protestos na Catalunha após a detenção de Puigdemont. Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram na tarde de domingo em Barcelona e em outras cidades catalãs, e alguns manifestantes enfrentaram a polícia.
O Tribunal Supremo e o governo da Espanha acusam Puigdemont de rebelião e de desvio de fundos públicos para a organização de um plebiscito ilegal sobre a independência da Catalunha.
Ontem, milhares de manifestantes carregando bandeiras da Catalunha saíram às ruas de Barcelona para protestar contra a detenção do ex-presidente da Catalunha Carlés Puigdemont na Alemanha. Convocada pelo grupo Comitê de Defesa da República, os manifestantes se encaminharam para a sede da Comissão Europeia.
Os manifestantes reivindicavam a "liberdade dos presos políticos" e gritavam "Puigdemont, nosso presidente". Já na frente da representação da comissão europeia eles gritaram: "esta Europa é uma vergonha". / AP