Juiz alemão mantém ex-presidente da Catalunha na prisão

Tribunal Supremo e o governo da Espanha acusam Puigdemont de rebelião e de desvio de fundos públicos para a organização de um plebiscito ilegal sobre a independência da Catalunha

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BERLIM - Um tribunal na Alemanha determinou que o ex-presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, deverá permanecer detido enquanto o processo de extradição à Espanha prossegue, o que pode demorar semanas, de acordo com Georg Guentge, fiscal estatal de Schleswig-Holstein. De acordo com Guentge, durante a audiência a corte de Neumuenster também escutou argumentos do advogado de Puigdemont, que disse que a solicitação de extradição apresentada por Madri tem inconsistências.

PUBLICIDADE

+ Prisão de líder separatista na Alemanha causa protestos na Catalunha

Guentge disse que o juiz rechaçou a moção do advogado do político catalão, mas sinalizou que os temas podem ser abordados novamente durante o processo de extradição que teve início nesta segunda-feira. A sessão, que ocorreu a portas fechadas, aconteceu um dia depois de diversos protestos na Catalunha após a detenção de Puigdemont. Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram na tarde de domingo em Barcelona e em outras cidades catalãs, e alguns manifestantes enfrentaram a polícia.

Puigdemont é acusado na Espanha pelos crimes de rebelião e apropriação indébita de fundos públicos em relação ao processo de independência iniciado na região da Catalunha em 2017. Foto: Luis Gene/AFP

O Tribunal Supremo e o governo da Espanha acusam Puigdemont de rebelião e de desvio de fundos públicos para a organização de um plebiscito ilegal sobre a independência da Catalunha. 

Ontem, milhares de manifestantes carregando bandeiras da Catalunha saíram às ruas de Barcelona para protestar contra a detenção do ex-presidente da Catalunha Carlés Puigdemont na Alemanha. Convocada pelo grupo Comitê de Defesa da República, os manifestantes se encaminharam para a sede da Comissão Europeia.

Os manifestantes reivindicavam a "liberdade dos presos políticos" e gritavam "Puigdemont, nosso presidente". Já na frente da representação da comissão europeia eles gritaram: "esta Europa é uma vergonha". / AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.