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Juiz de NY decide em favor de jordaniano suspeito de ligações com terroristas

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma investigação conduzida em Nova York sobre um jordaniano supostamente ligado aos terroristas suicidas dos atentados de 11 de setembro e deixada sem efeito hoje por um juiz poderá agora influenciar o curso de outras causas vinculadas ao terrorismo islâmico. A investigação, declarada sem efeito por um juiz federal de Nova York, beneficiou Osama Awadallah, de 21 anos, um estudante jordaniano que havia sido detido pelo FBI em San Diego, Califórnia, em 21 de setembro do ano passado. Awadallah era acusado de ter mentido sobre seus vínculos com dois terroristas mortos durante os atentados em Nova York e Washington. Segundo o juiz, a detenção do jovem foi ilegal e baseada em elementos insuficientes. Além disso, o jordaniano permaneceu detido em uma prisão por três meses antes que sua posição fosse reconsiderada. O caso Awadallah pode agora estabelecer um precedente e influenciar o curso de outras investigações que surgiram depois dos atentados de 11 de setembro. Uma destas investigações está em andamento atualmente em Chicago, e foi acelerada de forma inesperada logo após o estudante jordaniano ter sido libertado em Manhattan. A investigação busca determinar a suposta relação de uma entidade filantrópica de origem islâmica com Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda e homem mais procurado pelos Estados Unidos. O diretor-executivo da Benevolence International Foundation, Enaan Arnaout, foi detido sob acusação de ter mentido em alguns interrogatórios realizados pelo FBI. Segundo os agentes que interrogaram Arnaout, ele manteve numerosos contatos com Bin Laden "e com muitos de seus cúmplices há mais de uma década". Arnaout havia sido submetido a um interrogatório por parte do FBI em 14 de dezembro do ano passado. À época, ele negou categoricamente qualquer vínculo com organizações terroristas.

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