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Juiz equatoriano revoga prisão de representante da E-Vote

Empresa brasileira é acusada de falhar na apuração de eleições presidenciais

Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz Víctor Wong, da cidade de Guayaquil, no Equador, revogou na sexta-feira a ordem prisão contra Santiago Murray, representante da empresa brasileira E-vote, acusada de fracassar na apuração rápida das eleições presidenciais de domingo passado. A ordem de prisão havia sido expedida por outro magistrado de Guayaquil a pedido de um promotor local. A decisão causou polêmica, já que o caso está sob investigação da Promotoria de Quito. Murray é acusado de alteração e falsificação de documentos. A Promotoria investiga se houve crime de informática na apuração rápida de votos, que deveria ter terminado no mesmo dia das eleições, mas não foi concluída. Segundo Víctor Wong, o juiz que emitiu na quarta-feira a ordem de prisão não tinha competência para isso. Wong se absteve de continuar o caso e enviou à Promotoria de Quito a documentação recolhida em Guayaquil sobre a E-vote, que foi contratada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do Equador para a apuração rápida dos votos. O presidente do TSE, Xavier Cazar, que também foi criticado pelo fracasso da E-vote, disse que exigirá que seus críticos provem nos tribunais as acusações que tem recebido. "Quem acusou as autoridades do TSE terá de comparecer diante das autoridades competentes para provar o que disse", afirmou Cazar, acusado pela Comissão Anticorrupção de supostas irregularidades na contratação da E-vote. Com 98,97% da apuração do TSE, o magnata Álvaro Noboa ocupa o primeiro lugar na eleição presidencial, com 1.458.734 votos (26,83%), seguido do esquerdista Rafael Correa, com 1.242.084 (22,84%). Os dois vão disputar o segundo turno, dia 26 de novembro.

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