WASHINGTON - Um juiz federal do estado do Havaí bloqueou nesta terça-feira, 17, temporariamente o terceiro veto migratório imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja entrada em vigor estava prevista para amanhã, por considerá-lo discriminatório.
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O novo veto, proclamado em 24 de setembro, impede de maneira indefinida a entrada da maioria dos cidadãos de Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália, Chade e Coreia do Norte nos EUA, assim como alguns funcionários públicos da Venezuela e seus familiares.
O magistrado Derrick Watson emitiu a sentença em resposta a um processo que foi apresentado pelo estado do Havaí, por uma mesquita da capital do estado, Honolulu, por um imã e por dois moradores do arquipélago que têm familiares nos países envolvidos.
Segundo o juiz, o veto decretado por Trump "claramente discrimina com base na nacionalidade". Para o magistrado, a polêmica medida do presidente "sofre exatamente dos mesmos problemas" que as apresentadas anteriormente. "(O veto) carece de base suficiente para sustentar que a entrada de mais de 150 milhões de cidadãos dos seis países especificados seria prejudicial para os interesses dos EUA", explicou Watson.
Com a decisão, o novo veto de Trump não poderá ser implementado em relação aos seis países de maioria muçulmana, embora as restrições quanto a Venezuela e Coreia do Norte tenham sido mantidas. Ainda assim, é provável que o governo apresente um recurso contra a ordem do juiz. / EFE