Juiz federal rejeita pedido de republicanos do Texas para descartar 127 mil votos

De acordo com o grupo que pedia a anulação dos votos, sistema de votação drive-thru em Houston operava de forma ilegal; Suprema Corte do Estado já havia negado petição

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Por Redação
Atualização:

HOUSTON - Um juiz federal do Texas negou nesta segunda-feira, 2, a tentativa de um grupo de republicanos de descartar cerca de 127 mil votos já entregues na eleição presidencial dos Estados Unidos em locais de votação drive-thru em Houston, uma região de inclinação democrata.

Ativistas e candidatos republicanos acusaram a autoridade do condado de Harris de agir ilegalmente ao permitir o voto drive-thru, implementado como uma alternativa durante a pandemia do novo coronavírus. O juiz distrital Andrew Hanen disse que o grupo não tinha legitimidade para abrir o caso.

Manifestante leva placa em que afirma que os 127 mil votos do condado de Harris importam e pede pelo fim da 'supressão de eleitores'. Foto: David J. Phillip/AP Photo

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Jared Woodfill, advogado dos republicanos, afirmou a repórteres que eles vão recorrer à Corte de Apelações do 5º Circuito dos EUA. Eles também vão apelar de uma derrota semelhante em tribunal estadual no domingo à Suprema Corte dos EUA, disse.

Chris Hollins, que permitiu o modelo de votação, declarou a repórteres que os locais com drive-thru no condado de Harris, que inclui Houston, serão abertos no dia da eleição. "Estamos orgulhosos de preservar a democracia em um momento em que a própria democracia está sendo atacada", afirmou.

O condado de Harris, que abriga a cidade de Houston e aproximadamente 4,7 milhões de pessoas, é o terceiro mais populoso do país. Atualmente, possui dez locais de votação drive-thru disponíveis para todos os eleitores entre 800 locais de votação no total.

O Texas, segundo maior Estado dos EUA, é tradicionalmente republicano, mas as pesquisas mostram uma disputa acirrada este ano entre o presidente Donald Trump e o democrata Joe Biden, com mais de nove milhões de votos já entregues, superando o total de comparecimento do Estado na eleição presidencial de 2016. /Reuters

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