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Juiz ordena que antigos auxiliares de Hillary sejam interrogados sobre caso dos e-mails

Ordem judicial determina que seis funcionários e ex-funcionários do Departamento de Estado devem explicar, sob juramento, o uso que a democrata fez de sua conta de e-mail particular quando era secretária de Estado

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Um juiz federal dos EUA ordenou na quarta-feira que sejam interrogados sob juramento vários antigos auxiliares da pré-candidata democrata à presidência Hillary Clinton para explicar o uso que ela fez de um servidor privado de e-mail quando era secretária de Estado (2009-2013).

Em uma ordem judicial, o juiz do Distrito de Columbia, Emmet G. Sullivan, determinou que durante os próximos dois meses seis funcionários e ex-funcionários do Departamento de Estado devem ser interrogados sob juramento sobre o uso que a ex-primeira-dama fez de sua conta de e-mail particular.

Concorreu àpresidência dos EUA pelo Partido Democrata em 2016. Foi primeira-dama de 1993 a 2001, quando seu marido Bill Clinton ocupava o cargo de presidente dos EUA. Foi senadora por Nova York entre 2001 e 2008. Durante parte da gestão Obama, foi secretária de Estado dos EUA de 2009 a 2013, sucedendo Condoleezza Rice Foto: REUTERS/Gary Cameron

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"Com base na informação conhecida durante a instrução, o testemunho de Hillary Clinton poderia ser necessário", determina Sullivan em sua ordem.

Desta forma, a própria Hillary poderia ser obrigada a testemunhar sob juramento em uma corte do Distrito de Columbia, embora o juiz ainda não tenha aceitado este pedido da organização conservadora Judicial Watch, com sede em Washington e conhecida por sua beligerância contra os democratas.

"Se os litigantes acreditam que o testemunho da senhora Clinton é necessário, se pedirá permissão à corte no momento adequado", acrescenta o magistrado.

Entre as pessoas que terão que testemunhar se destacam alguns dos assessores mais próximos de Hillary durante seu período como secretária de Estado, como sua ex-chefe de pessoal, Cheryl Mills, o ex-subsecretário de Administração, Patrick Kennedy, e o ex-funcionário de tecnologia da informação, Bryan Pagliano.

Também terá que testemunhar Huma Abedin, que acompanhou Hillary nos diferentes cargos que ela ocupou durante os últimos 15 anos e que agora é sua vice-presidente de campanha.

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Os interrogatórios dos assessores de Hillary acontecerão nas semanas anteriores à convenção democrata que será realizada em julho na Filadélfia, na Pensilvânia, e na qual se designará o candidato do partido para as eleições presidenciais de novembro.

Durante o longo processo de primárias, a ex-primeira-dama tentou se libertar da polêmica provocada por esses e-mails.

Hillary reconheceu que teria sido "mais inteligente" usar uma conta oficial e entregou 55 mil páginas de e-mails ao Departamento de Estado para sua publicação. Mesmo assim, o caso despertou dúvidas sobre se ela tratou indevidamente de informações confidenciais do governo ao usar sua conta pessoal.

A publicação mensal de centenas de páginas de e-mails por parte do Departamento de Estado impediu Hillary de livrar-se da polêmica, mas seu rival na corrida democrata, Bernie Sanders, se negou a atacá-la com relação ao tema.

O caso sobre os e-mails surgiu no início de 2015, quando Hillary se preparava para lançar sua campanha presidencial e os veículos de comunicação revelaram que ela havia utilizado sua conta de e-mail privada para assuntos de interesse nacional enquanto liderava a diplomacia americana. /EFE

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