Uma juíza americana opinou nesta quarta-feira que a defesa do suposto terrorista de origem porto-riquenha José Padilla, acusado de pertencer à rede Al-Qaeda, violou uma ordem do tribunal ao revelar à imprensa conversas telefônicas que fazem parte das provas do caso. Marcia Cooke anunciou a sua decisão numa audiência em Miami, onde Michael Caruso, um dos advogados de Padilla, reconheceu que um integrante da equipe de defesa forneceu o material ao jornal The New York Times. Cooke mandou os advogados de Padilla assinarem um documento prometendo respeitar a proibição de revelar provas. Ela avisou que se alguém receber material proibido vai considerar o caso como um desacato ao tribunal. Os documentos divulgados contêm gravações telefônicas de Padilla, interceptadas segundo a Lei de Supervisão da Inteligência Estrangeira (Fisa). Padilla é acusado de integrar uma célula que recrutava terroristas e recolhia fundos para uma guerra santa islâmica no exterior.