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Julgamento de extradição de Assange é marcado para fevereiro de 2020

Em audiência de instrução, juíza de Londres determina que análise do pedido feito pelos Estados Unidos - onde o australiano enfrenta 18 novas acusações - seja feita apenas no próximo ano; 'Estão em jogo 175 anos da minha vida', diz fundador do WikiLeaks

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - O julgamento de extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido, começará no dia 25 de fevereiro de 2020, determinou nesta sexta-feira, 14, uma juíza britânica.

A decisão que a Justiça britânica tomar em fevereiro, no entanto, poderá ser contestada pelos advogados de Assange, que já anunciaram que lutarão até que todos os recursos se esgotem para evitar que ele seja entregue aos Estados Unidos.

Manifestantes protestam na frente de tribunal de Londres contra a possibilidade de Julian Assange ser extraditado para os EUA Foto: AP Photo/Frank Augstein

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O jornalista australiano, de 47 anos, enfrenta 18 novas acusações, incluindo suspeitas de espionagem e a publicação de documentos altamente sigilosos. Ele foi preso em 11 de abril pelas autoridades britânicas depois de o Equador retirar o asilo concedido pelo ex-presidente Rafael Correa.

Em breve audiência preliminar realizada nesta sexta-feira, 14, Assange defendeu que o WikiLeaks "não é nada mais do que um meio de comunicação" e afirmou que "estão em jogo 175 anos" da sua vida, em referência à pena à qual pode ser condenado.

A audiência aconteceu um dia depois que o ministro de Interior britânico, Sajid Javid, assinou a solicitação de extradição dos EUA - a decisão final, no entanto, cabe à Justiça britânica.

Em representação da Justiça americana, o advogado Ben Brandon, argumentou hoje na Corte de magistrados de Westminster (Londres) que o caso de Assange "tem relação com um dos maiores vazamentos de informação confidencial na história dos Estados Unidos".

Por sua vez, defendendo o jornalista, o advogado Mark Summers ressaltou que o processo contra seu cliente representa "uma agressão frontal e atroz" contra os direitos jornalísticos. Washington reivindica o ex-hacker por ter conspirado para supostamente invadir computadores do Pentágono. / EFE e AFP

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