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Julgamento de oficial que não foi ao Iraque será retomado

Exército desconsiderou a argumentação baseada na liberdade de expressão

Por Agencia Estado
Atualização:

O oficial que se negou a combater na guerra do Iraque será julgado nesta segunda-feira na corte marcial, em Fort Lewis, Washington. O tenente será julgado por ter se negado, em 2006, a acatar as ordens de se apresentar no Iraque, alegando que se opunha à decisão do presidente George W. Bush de iniciar a guerra naquele país. Ele pode pegar até quatro anos de prisão, se considerados procedentes os crimes de má conduta e da recusa em participar do combate. Ehren Watada é considerado um herói pelos ativistas anti-guerra, enquanto o Exército o acusa de ser desleal com os outros soldados. "Precisei ser um oficial de honra e integridade para recusar a ordem", declarou Watada em um vídeo no último dia 7 de junho, no qual se mostra contra o combate. Watada e seu advogado, Eric Seitz, baseiam a defesa na liberdade de expressão, mas os acusadores do Exército dizem que a argumentação é perigosa para a moral e a missão dos outros soldados. Seitz foi mal sucedido quando tentou argumentar sobre o caráter da guerra, no primeiro julgamento do tenente. A junta militar classificou a base de defesa de Watada como inválida para julgar a ilegalidade da guerra. Na ocasião também foram rejeitados os apelos de Watada ser protegido pelos direitos da livre expressão garantidos pela Constituição dos Estados Unidos.

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