Julgamento de Pinochet deve continuar, diz juiz

O espanhol Baltasar Garzón culpa por atrocidades também outros líderes chilenos

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Por Agencia Estado
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O juiz espanhol Baltasar Garzón, que tentou colocar o ex-ditador no banco dos réus por genocídio, disse no domingo que os esforços devem continuar contra outros líderes acusados de abusos dos direitos humanos no Chile. "Tanto aqui como no Chile, as ações devem continuar, porque as vítimas não foram só responsabilidade de Pinochet", disse Garzón em entrevista por telefone. Casos contra Pinochet na Espanha se encerraram com a morte dele, mas ainda há casos abertos contra cerca de 50 pessoas, de acordo com o juiz. Em 1998, Garzón emitiu uma ordem de extradição para Pinochet, que visitava Londres para tratamento médico. Ele foi preso em uma clínica e mantido sob prisão domiciliar por 16 meses, antes de o governo soltá-lo sob alegação de saúde frágil. Garzón acusava Pinochet de crimes contra a humanidade, incluindo genocídio e tortura. Pinochet, que governou o Chile entre 1973 e 1990, morreu no domingo aos 91 anos.

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