Junho termina como o mês mais sangrento para tropas no Afeganistão

Número de baixas no período chegou a 103; EUA são o país que mais perdeu soldados

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SÃO PAULO - O mês de junho foi o mais sangrento para os soldados da coalizão internacional que combate a insurgência no Afeganistão. Com a morte confirmada de um soldado americano nesta quarta-feira, 30, chega a 103 o número de mortes de militares neste mês, segundo dados do site independente icasualties.org, que registra as baixas ocorridas no país asiático.

 

 

Desse total, 59 são soldados dos EUA, país que lidera a coalizão formada com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a luta contra o Taleban, que já dura nove anos. O segundo país que mais perdeu militares neste mês foi o Reino Unido, com 20 baixas.

Até então, os meses mais mortíferos para as tropas internacionais no Afeganistão haviam sido julho e agosto de 2009, quando morreram 76 e 77 soldados nesses períodos respectivamente. Para os militares americanos, junho se iguala a outubro de 2009 como o mês no qual foram registradas mais mortes entre as tropas.

Desde 1º de janeiro, 323 soldados da coalizão internacional morreram em combates, acidentes ou de complicações médicas no Afeganistão. Se o ritmo persistir, 2010 será o ano mais sangrento para essas tropas. Em 2009, o total de militares mortos chegou a 521 e, até o fim de junho, esse número era de 157, menos da metade do que o registrado até agora neste ano.

Os dados de junho coincidem com um período em que os EUA realizam uma troca de comando no Afeganistão, o que coloca em dúvida a eficácia da estratégia do presidente Barack Obama na luta contra a insurgência. Recentemente, escândalos envolvendo o comandante das tropas americanas e da Otan no país asiático fizeram com que a Casa Branca nomeasse um novo general. A decisão colocou o governo em xeque, embora as autoridades tenham dito que a estratégia de combate seguirá a mesma.

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