Junta egípcia cria comissão para reforma Constitucional no país

Chefiado por ex-juiz independente, grupo deve preparar emendas para referendo em dez dias

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Por Redação
Atualização:

Atualizada às 11h45

 

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CAIRO - A Junta Militar egípcia nomeou nesta terça-feira, 15, uma comissão de juristas para conduzir a reforma na Constituição do país, suspensa após a renúncia do ex-ditador Hosni Mubarak.  O chefe da comissão será o juiz aposentado Tareq al-Bishry, conhecido por defender um judiciário independente no país e pela postura apartidária. O grupo tem prazo de dez dias para preparar emendas à Carta que serão submetidas a referendo.  Veja também:especialInfográfico: A lenta agonia de Hosni Mubarakblog Cronologia: O dia a dia da crise egípciavideo TV Estadão:  Alegria nas ruas do CairoblogArquivo: A Era Mubarak nas páginas do Estadolista Perfil: 30 anos de um ditador no poderlistaBastidores: As últimas horas de Mubarak

 

"Foi escolhido pelo Conselho do Alto Comando do Exército para chefiar o comitê de emendas Constitucionais", disse ele à agência Reuters.

Um membro da comissão, o jurista Subhy Salem, membro da oposicionista Irmandade Muçulmana, garantiu que o grupo não planejam mudanças radicais e as restrições às liberdades individuais serão limitadas. A nomeação de Salem para a comissão sugere que as Forças Armadas podem estar dispostas a legalizar o grupo, seis décadas após seu banimento. A Irmandade Muçulmana já disse que pretende formar uma partido político, mas não deve lançar candidato nas eleições presidenciais. O Exército anunciou ontem um prazo para devolver o governo aos civis. As emendas constitucionais devem ser esboçadas em dez dias e submetida a referendo dois meses. Em setembro, serão realizadas eleições parlamentares e presidenciais.  A junta reafirmou que pretende transferir o poder para os civis, incluindo um presidente eleito, dentro de seis meses.

 

" O Supremo Conselho Militar expressou a esperança de entregar o poder dentro de seis meses para uma autoridade civil e um presidente eleito, de um modo livre e pacífico que expresse a visão do povo", disse a agência estatal de notícias Mena.  "O Conselho afirma que não busca o poder, que a situação atual foi imposta às Forças Armadas e que elas têm a confiança do povo", acrescentou a nota.

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