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Junta Militar de Mianmar autoriza libertação de Aung San Suu Kyi

Ativista pró-democracia passou 15 dos últimos 21 anos sob detenção

Atualização:

Partidários de Suu Kyi aguardam sua libertação.

 

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RANGUN - As autoridades militares de Mianmar assinaram a ordem de libertação da líder opositora Aung San Suu Kyi, indicaram nesta sexta-feira, 12, fontes do seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND). A ativista pró-democracia e Nobel da Paz viveu sob prisão domiciliar durante 15 dos últimos 21 anos.

 

De acordo com as fontes da LND, Suu Kyi será transferida ao longo do dia à antiga sede do partido, onde já estão concentradas dezenas de seguidores da "Dama", como Suu Kyi é conhecida por seus partidários.

 

A maioria dos ativistas veste camisetas com o lema: "We stand with Aung San Suu Kyi" ("Nós estamos com Aung San Suu Kyi", em tradução livre), pois a lei birmanesa proíbe a exibição da sigla da LND após o partido ter sido dissolvido, há alguns meses. A polícia, por sua vez, reforçou a segurança nos dois controles montados nos acessos à residência da Nobel da Paz.

 

A libertação da ativista não foi confirmada pela Junta Militar, que nega a entrada de jornalistas estrangeiros em Mianmar, governada pelos generais desde 1962.

 

O processo de libertação ocorre após as primeiras eleições realizadas no país em 20 anos. O pleito, porém, foi tachado de injusto por várias lideranças mundiais e analistas dizem que ele apenas perpetuará o os militares no poder. A oposição boicotou as urnas, enquanto a Junta Militar diz ter recebido 80% dos votos. Os resultados oficiais ainda não foram divulgados.

 

Forte esquema de segurança foi montado perto da casa da ativista.

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