Junta Militar egípcia decreta toque de recolher perto do Ministério da Defesa

Será proibida a circulação de pessoas entre 23h e 7h da manhã, no horário local

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Por Efe
Atualização:

CAIRO - A Junta Militar egípcia decretou toque de recolher a partir das 23h locais (18h de Brasília) desta sexta-feira, 4, até as 7h (2h de Brasília) do sábado, 5, nos arredores do Ministério da Defesa, em Cairo, como consequência dos graves confrontos registrados no local.

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Veja também:link Manifestantes entram em confronto com soldados no Cairolink Partidos e ativistas egípcios pedem a saída da Junta Militar no CairoDe acordo com a iniciativa, será proibida a circulação de pessoas pelas ruas próximas ao Ministério. Em comunicado lido pelo general Mokhtar Al Mulla na televisão estatal, a cúpula militar advertiu que serão tomadas todas as medidas previstas na lei contra as infrações ao toque de recolher.

"As Forças Armadas enfrentarão as infrações do toque de recolher com toda contundência e firmeza", destacou o comunicado da cúpula militar. Além disso, o militar disse que adotará medidas judiciais contra os envolvidos nos confrontos entre manifestantes e soldados, que causaram pelo menos 59 feridos, segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com a Junta Militar, os manifestantes começaram a quebrar a grade que protege o Ministério e a atacar às Forças Armadas com pedras e coquetéis molotov, o que feriu alguns de seus membros. O Exército recuperou o controle da zona e a Polícia militar respondeu às investidas com canhões de água, gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Diante disso, uma fonte militar disse à agência oficial egípcia "Mena" que um grupo de agitadores foi detido no local, entre eles alguns que agrediram as tropas encarregadas de proteger as instalações militares. Os detidos estão sendo interrogados pela Promotoria Militar, acrescentou a fonte.

A nova explosão de violência ocorre a menos de três semanas para as eleições presidenciais egípcias e dois dias depois de pelo menos nove pessoas morrerem no mesmo local pelo ataque de "baltaguiya" (agitadores violentos) e manifestantes contra a Junta Militar.  

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