Junta militar quer restabelecer democracia no Níger, diz ONU

Governo do país sofreu golpe de Estado na quinta-feira; situação é calma e rotina da nação já foi retomada

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Por Redação
Atualização:

A junta militar que tomou o poder no Níger na semana passada está trabalhando pelo restabelecimento da democracia no país, disse no domingo, 21, um funcionário das Nações Unidas (ONU).

 

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"O partido está muito entusiasmado para devolver o poder aos civis levar o Níger a uma democracia de inclusão", disse ao canal de notícias CNN o representante da ONU para o oeste da África, Said Djinnit. "Essa transição começou com o golpe e a implementação de uma nova constituição", continuou.

 

A nova legislação já está vigente, conforme confirmou Djinnit. Ele e representantes da União Africana e da Comunidade Econômica dos Estados Oeste Africano se encontraram com os líderes da junta em Niamey no domingo para tentar chegar a uma solução para o conflito. "A missão dessa reunião é assegurar que esse golpe será o último. Golpe nenhum será tolerado", disse Djinnit.

 

Acredita-se que o presidente Mamadou Tandja esteja preso em um campo militar desde o golpe de quinta-feira. Os rebeldes alvejaram o palácio presidencial com tiros e bombas e prenderam o presidente e ministros durante uma reunião. No mesmo dia, os militares suspenderam a Constituição e estabeleceram o poder para o Conselho Superior para a Restauração da Democracia.

 

O golpe foi fruto do resultado de um referendo recente que permitiria reeleição ilimitada ao presidente Tandja, que já está no poder desde 1999. A Constituição do Níger, porém, permitia apenas dois mandatos consecutivos de cinco anos cada.

 

A derrubada de Tandja aparentemente teve o apoio de boa parte dos 15 milhões de pessoas que vivem no Níger, disse Djinnit. Segundo o funcionário da ONU, a situação está calma e as rotinas estão se normalizando no país.

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