A Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) anunciou nesta segunda-feira a restrição de movimentos ao pessoal das Nações Unidas e das organizações internacionais que realizam programas de assistência no país. A medida obriga as agências internacionais a notificar com duas semanas de antecedência as viagens que seus funcionários pretendem realizar para as áreas fronteiriças com Tailândia, Índia e Bangladesh. Esta medida foi adotada pelo governo de Naypyidaw em meio a novas ofensivas militares contra as tribos que há várias décadas reivindicam a autonomia dos territórios que habitam, no oeste e nordeste de Mianmar. "Não queremos que ocorram incidentes e também não vamos aceitar que usem a ONU para desenvolver atividades que infrinjam nossa soberania e danificam a união nacional", disse o ministro do Planejamento, general Soe Tha. O governo militar ordenou em outubro o fechamento dos escritórios que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha tem nas regiões onde acontecem conflitos bélicos de pouca intensidade.