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Junto com tropas de paz, grupos de ajuda chegam a Monróvia

Por Agencia Estado
Atualização:

A ajuda desesperadamente esperada começa a chegar nesta terça-feira à capital da Libéria castigada pela guerra civil, com o pessoal dos grupos de socorro acompanhando os primeiros soldados para levar comida e medicamentos à cidade cercada por rebeldes. Com as armas em silêncio, três rebeldes cruzaram uma contestada ponte que separa a cidade do porto de Monróvia para apertar as mãos de soldados do governo postados na outra extremidade, antes de retornarem para o lado do porto. Funcionários da Ong Médicos sem Fronteiras também ensaiaram uma incursão de uma zona para outra. Portando uma bandeira estampada com o símbolo de sua organização, eles cruzaram a terra de ninguém em busca de um negociante indiano de 24 anos que foi ferido três dias atrás durante saques em sua loja perto do porto. Em outra ponte das proximidades, a Old Bridge, o cenário parecia o de uma festa escolar, em que soldados do governo, muitos deles de entre 10 e 12 anos - exceto um deles, que fumava maconha - agitavam seus rifles em direção aos combatentes rebeldes do outro lado, em meio a brincadeiras. No aeroporto da Libéria, helicópteros brancos das Nações Unidas traziam mais tropas da Nigéria, as primeiras de um contingente de 3.250 soldados oeste-africanos que são esperados para pôr fim à luta sangrenta no país. Enquanto membros do primeiro contingente patrulhavam o aeroporto, toneladas de sacos de suprimentos eram amontoados para serem distribuídos à faminta população local, já que ao saírem às ruas em busca de comida os habitantes de Monróvia se depararam com os mercados praticamente vazios.

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