
16 de julho de 2013 | 11h46
MIAMI - Uma das seis mulheres que formaram o júri que decidiu absolver George Zimmerman da acusação criminal pela morte do adolescente negro Trayvon Martin disse na segunda-feira que a decisão foi tomada com base na lei. Ela disse a Anderson Cooper, da rede CNN, que inicialmente três das juradas eram favoráveis a condenar Zimmerman por assassinato em segundo grau ou homicídio culposo (involuntário).
O ex-vigia comunitário voluntário foi acusado pelo assassinato do adolescente de 17 anos no ano passado. A jurada B37, cujo nome não foi divulgado, disse que quando o júri iniciou suas deliberações, na sexta-feira, ela e outras duas mulheres eram favoráveis à absolvição, duas achavam que fora um homicídio culposo e uma defendia a condenação por assassinato em segundo grau.
A jurada disse que o grupo passou então a analisar todas a provas e a ouvir gravações várias vezes. "É por isso que levou tanto tempo", afirmou B37.
Quando passaram a analisar a lei, a pessoa que inicialmente queria a condenação por assassinato em segundo grau mudou seu voto para homicídio culposo. As juradas pediram então esclarecimentos ao juiz e analisaram as provas mais algumas vezes. Segundo a jurada B37, algumas integrantes do júri queriam condenar Zimmerman por algum crime, mas não havia como fazer isso tendo como base a lei.
Ela afirmou que as juradas choraram quando entregaram seu voto final ao oficial de Justiça. "Eu quero que as pessoas saibam que analisamos a questão de todas as formas para chegarmos a este veredicto", disse ela.
A entrevista ocorreu dois dias depois de o júri ter absolvido Zimmerman. Martin foi morto a tiros numa comunidade de Sanford, Flórida, onde visitava familiares, em fevereiro de 2012.
Protestos contra a absolvição de Zimmerman continuaram a ser registrados na segunda-feira. Líderes civis disseram que os protestos, em sua maioria pacíficos, vão continuar com vigílias e manifestações em 100 cidades no sábado, em frente a prédios federais./ AP
Assista ao vídeo da CNN, em inglês:
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